Em quarenta anos de existência, uma única certeza. O inevitável capítulo final dessa história que começou no dia 28 de maio de 1966. De resto, a incerteza das possibilidades e a saudade dos responsáveis pela minha constante busca pelo amanhã.
Minha mãe foi, e sempre será, a luz que orienta meus passos rumo ao futuro, mas não foi a única. Tive no meu pai mais que um amigo, foi alguém que me ensinou a lidar com as adversidades da vida, alguém que me fez ver que não existe limites para ser feliz, que tudo isso faz parte da vida e que é preciso não desistir nunca.
Meu pai me ensinou que é possível ser feliz independente de quanto dinheiro eu tenha no bolso, de quantas pessoas eu tenha que contrariar ou de quantos anos eu precise para realizar meus sonhos...
Não me considero mais velho, talvez porquê nunca parei para contar os dias e os anos (eu estive sempre ocupado VIVENDO).
Não me preocupo com meus cabelos que vão inevitavelmente embranquecendo, me preocupo de saber que, dia desses, não vou mais poder jogar bola com meus filhos, nem participar das corridas de rua, das mesmas brincadeiras... A juventude é um estado de espírito, mas meu corpo não sabe disso...
O pior de se envelhecer, é não ter do que se arrepender, porque isso significa simplesmente que não se viveu plenamente, que não se experimentou, não se arriscou e disso eu não posso me queixar... Eu pavimentei meu caminho rumo a eternidade com as pedras que foram obstáculos no meu passado. Eu pisei em cada uma dessas pedras sabendo do peso de cada uma delas teve na minha caminhada, onde eu tropecei, onde me apoiei...
Tenho saudades do meu pai, mas uma coisa que ele me ensinou me faz suprir essa falta. Ele me ensinou a acreditar em mim e fazer o meu melhor e issso me tornou, de certa forma, um super herói, que sabe que todo herói sabe chorar...
Envelhecer é inevitável, mas crescer é opcional.
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